O que fazer no Parque Natural Douro Internacional

O Parque Natural do Douro Internacional é um destino privilegiado para um turismo de experiências, intenso, de imersão em ambientes culturais singulares, de aprendizagem, de comunhão com os valores naturais, de deslumbre com a intensidade e monumentalidade das suas paisagens, de desfrute do seu isolamento e de degustação dos sabores dos produtos de uma sábia relação das comunidades com a terra. Para apreciar o Douro em todo o seu esplendor e observar algumas das aves mais notáveis que habitam este território, há que percorrer os muitos miradouros que a natureza criou. O Miradouro de Penhas das Torres, na localidade mais oriental de Portugal, em Paradela, proporciona uma das vi- sões mais arrojadas do rio e dos seus desfiladeiros quando inicia o seu percurso em Portugal. A 8 km de Miranda do Douro, o Miradouro de São João das Arribas situa-se em Aldeia Nova e dá aos seus visitantes o cenário do Douro entre arribas íngremes. Perto deste mira- douro localiza-se um castro e a capela dedicada a São João. O Miradouro de Vale da Águia, junto a um castro permite ter panorâmicas diretas para o rio num ponto em que o seu curso muda de direção, criando um recorte formidável na paisagem granítica. Já em Miranda do Douro, é junto à Sé Catedral que melhor se pode apreciar a passagem do rio pela cidade e as fragas amareladas pelos líquenes, que parecem recortadas por trabalho humano. O enigmático “2” gravado na Fraga Amarela, na margem espanhola, mesmo em frente à cidade de Miranda do Douro, atrai a curiosidade dos visitantes, alimentada por lendas e explicações diversas para o fenómeno. Para sul sucedem-se os locais privilegiados para contemplar o Douro. Miradouro da Freixiosa, Fraga do Puio, na aldeia do Picote, onde o rio faz uma caprichosa curva e de grande importância pelas gravuras rupestres. Miradouro de Picões, a 2 km da aldeia de Peredo de Bemposta, Miradouro do Colado, Mazouco, em Freixo de Espada à Cinta, onde se preservam gravuras do paleolítico, e que possibilita uma visão distinta das anteriores, um vale mais aberto e de maior diversidade. Ainda em Freixo, Penedo Durão, sobranceiro à barragem de Saucelle e à foz do rio Huebra, é de visita obrigatória, porque é um dos pontos de mais frequente avistamento de aves emblemáticas como o grifo, o abutre-do-egito ou cegonha-negra. A sul, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, o Mira- douro da Sapinha oferece uma panorâmica sobre a zona de transição do planalto castelhano para o verde das encostas do Douro e do Águeda. Junto ao Douro encontra-se Barca D’Alva, uma pequena e pacata povoação que cresceu com a linha de caminho de ferro e os produtos agrícolas de excelência deste esplendoroso vale. Era daqui que seguia a linha de caminho de ferro que ligava a La Fregeneda, do lado espanhol, tornando a linha do Douro numa linha internacional. Hoje, é o ponto de chegada para os cruzeiros que sobem o Douro. No Douro Internacional merece um especial destaque a cascata Faia da Água Alta, em Mogadouro, que atinge os 60 m de altura. Os passeios de barco no rio são uma das formas mais desejadas para conhecer e sentir o Douro por entre as arribas. Do cais de Miranda do Douro parte um cruzeiro ambiental para montante, que permite uma visita especial pelo canhão do rio. Em Freixo de Espada à Cinta há também passeios de barco na albufeira criada pela barragem de Saucelle, entre a praia de Cogida em Portugal e a praia espanhola de La Code. A oferta cultural é também extensa. Entre pequenos museus, centros interpretativos, lojas típicas, turismo rural, aldeias históricas e restaurantes que sublimam os valores tradicionais e os produtos da terra, os visitantes têm uma experiência intensa e marcante em comunidades com raízes ancestrais.

Data da Notícia: 
12/20/2024